Um amigo especial

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A pouco mais de 12 anos, eu comecei a trabalhar em uma empresa “X”, lá eu conheci um cara que mais tarde virou um amigo, um evangélico, o mesmo que eu sempre me refiro quando digo ser o único, que eu respeito como “seguidor da palavra”, pois eu conhecia a história de vida dele, e as suas abnegações por conta da lei de D’us, deficiente de uma perna por causa de uma hanseníase(lepra), 40 anos de idade, 4ª série do ensino fundamental… No intervalo, ele se esforçava no auge do seu analfabetismo para ler e estudar a bíblia enquanto eu dormia e sempre sarcástico dizia, larga disso! Ele sorria…

Ele dava seus conselhos e explicava a sua visão sobre o que lia, tentava a todo custo responder o que eu perguntava maldosamente, pois eu sabia que eram passagens contraditórias da bíblia. Meu respeito por ele só crescia.

Sempre que eu era acometido pela fúria dos impacientes eu pedia… Meu amigo, me dê uma palavra… E ele prontamente sempre recitava a mesma passagem: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará!” João 8:32, eu sempre reclamava, Porra, tu só sabe essa? Ele sorria e respondia, é a mais importante!

No dia do meu aniversário, ele me deu de presente um pequeno poster, bíblico… Logicamente, dobrei o poster e coloquei na bolsa que eu usava, passou a semana ali dobrado, devido ao meu descaso. Guardei em uma gaveta o presente por muito tempo, mudei de posto na mesma empresa, ele foi demitido, perdemos contato. Até que um dia, em uma dessas faxinas de guarda roupa eu vi o poster, li e me lembrei desse cara e da sua história de vida, de como o mundo havia sido escroto com ele, de como a sorte havia lhe faltado e o que mais me aborrecia nele, porque diabos ele ainda nutria tanta fé… E foi só nesse dia, retirando o mini poster da gaveta que eu percebi que ele(meu amigo) era a imagem perfeita de uma das parábolas bíblicas que eu mais gosto. Jó, ele era Jó em essência, mas ainda lhe faltava se rebelar… Mas isso é outra história.

Naquele dia eu pendurei o mini pôster na parede da minha cozinha, e todos os dias que se sucederam a partir daquele, até hoje, ao acordar no caminho do banheiro meus olhos passam por ele, e leio:

“O Senhor cumprirá seu propósito para comigo! Teu amor, Senhor, permanece para sempre; não abandones as obras das tuas mãos!” Salmo 138:8

Isso me lembra a sempre tentar ser melhor, mesmo falhando muitas vezes…

Na foto abaixo também está a marca permanente do período que o pôster passou dobrado na minha bolsa, isso me ensina que muitas vezes a sabedoria vem, mas ainda não estamos prontos para recebê-la ou de fato compreender sua essência.

E para finalizar, não sei porque estou compartilhando isso, talvez pelo fato do meu aniversário ter sido recente e neste ano em especial eu me recordei do Sr. W.

Havia uma frase que eu gostava muito de falar naquela época, é cheia de ego e soberba, da carta: “A última palavra” – Um dia, alguém será melhor do que eu, mas não hoje, nem você!

Hoje eu retifico, ele era…

 

Cruz templaria

Mestre na nobre arte de não ser bom em nada.

Todos passam por problemas, cotidianamente, alguns mais graves e outros nem tanto… Entretanto o que muda de um para outro é a perspectiva que se tem de cada situação isoladamente. Assim sendo, ter problemas… Sejam eles de que natureza for, não nos torna especiais de qualquer forma, isso é notório.

Os problemas são externos e devem ser enfrentados e combatidos. Mas, e quando o problema é o indivíduo?

Não existe melhor lugar para se buscar respostas do que um espelho, ele facilita e muito todo o processo mental, explico:

Sempre possuímos muito mais facilidade em encontrar os defeitos e problemas nas outras pessoas do que em nós mesmos, logo, o espelho nos auxilia na auto observação de uma perspectiva externa. Sentar na frente de um espelho grande e passar a analisar aquele reflexo, a princípio de forma física e depois buscando cada vez mais aprofundar-se.

Ok, mas isso é nos primeiros passos. Quem já está adiantado no caminho sabe fazer isso sem sequer ter um espelho.

Você olha para si mesmo através da pupila dos seus próprios olhos e pronto. Descobre que o problema é você, e que você é o grande mestre de não ser bom em nada.

Não é um bom filho.

Não é um bom pai.

Não é um bom irmão.

Não é um bom amigo.

Não é um bom namorado.

Não é um bom vizinho.

Não é um bom cavaleiro.

Você tenta ser muitas coisas, e no fim observa que não consegue ser nada do que se propôs a ser.

O fato é, estou cansado de tentar e não conseguir…

Melhor talvez, nem acordar!

A individualidade das sandálias

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É muito comum quando começamos a trilhar um caminho espiritual, utilizarmos alguém como exemplo ou apenas para alvo da nossa admiração. Normalmente estes são os autores de grandes livros ou personalidades de grande relevância no mundo espiritual.

Vide exemplo, quantos novos aspirantes a mago os livros de Paulo Coelho não geraram? Uma infinidade… Um dos primeiros choques que estes “aspirantes” recebem é o de saber que seus caminhos nunca, invariavelmente nunca será igual ao do outro. Podem até mesmo haver situações iguais, mas o desenrolar dos fatos são diferentes.

A isso, gosto de chamar de sandálias, mas já ouvi se referirem a ele como botas. mas porque esses termos? Simples, um ditado da tradição:

“As sandálias que eu calço, nunca servirão tão bem em teus pés!”

Por mais simples que seja, esse ditado retrata a individualidade do ser, refletida no caminho percorrido. Ou seja, pessoas diferentes que trilharam exatamente o mesmo percurso, percebem e vivenciam situações diferentes. Logicamente, para retratar a sabedoria infinita de D’us, pessoas percebem e vivenciam coisas iguais em caminhos distintos. Tornando assim seu aprendizado único.

Por isso, jamais deixe-se levar por sentimentos de inferioridade, respeitar a evolução do outro no caminho espiritual não deve estar vinculado ao ato de denigrir a sua própria evolução e experiência. Você deve se ater a buscar com qualidade, dar passos firmes é muito mais importante do que dar muitos passos.

Orai a D’us todos os dias em busca de sabedoria, e inclina teus ouvidos na direção da boca do teu anjo guardião. Essa é a melhor forma de obter o máximo de aprendizagem a cada instante do teu dia, para assim ter o entendimento que apenas você pode ter do próprio caminho que segue.

 

Zona de Conforto

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Faz tempo que eu não escrevo aqui, não é por falta de assunto, mas por ter cessado momentaneamente aquele desejo de compartilhar.

E isso foi por eu acreditar que não estava mais trilhando o caminho que escolhi.

Daí me pergunto o porque, já que o caminho é trilhado de diversas formas, e mesmo quando acreditamos estar estagnados e apáticos perante a vida de certa forma ainda estamos caminhando, a passos lentos e de pouco conteúdo, mas ainda assim caminhando…

Nesse momento muitos já sabem do que eu falo, falo daquela maldita prisão sem grades chamada “zona de conforto”. Quando penso em coisas destrutivas para uma alma, quase nenhuma é mais aterradora do que a zona de conforto, tipo… você sabe exatamente o que vai acontecer no dia seguinte, com pequenos trechos incertos, fique atento.

Uma das coisas mais importantes que eu aprendi com o meu mestre na tradição, é que a sabedoria está em todo o lugar, os sinais do universo esbofeteiam a sua face sonâmbula todos os dias tentando fazer você acordar, tudo o que D’us quis nos dizer ele colocou bem na nossa frente, esteja você olhando para uma revista em quadrinhos, um filme no cinema ou um livro sagrado. Felizes os com olhos para ver e ouvidos para ouvir…

Quando saí do meu último emprego fui alvo daquele turbilhão psicológico, da falta de ar e por diversas vezes durante o dia eu me perguntava o que vou fazer agora?

Foi nesse estado que eu decidi ir ao cinema com a minha filha e me distrair um pouco, chegamos… Sessão lotada no filme que íamos assistir, e decidimos escolher outro… “Uma Noite no Museu 3”, comédia leve, risos… E ao final o diálogo do filme me veio assombrosamente direcionado, o universo se expande e se contrai em uma flecha certeira.

Robin WilliamsVocê cumpriu seu trabalho. É hora da sua próxima aventura!

Ben StillerEu não tenho idéia do que vou fazer amanhã…

Robin WilliamsQue empolgante!

Não pude deixar de sorrir nesse momento, era tão obvio e simples. Aquela era a perspectiva correta. O simples fato de não saber o que vai acontecer amanhã ou daqui a um minuto, abre um portal que possibilita que tudo ou qualquer coisa possa acontecer.

Mais de 90 minutos de filme e tudo o que eu precisava ouvir estava em três frases.

E assim deixei de ser um tolo temeroso!

Cruz_templaria

Porque Fracassamos?

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Porque fracassamos?

E quando penso nisso, não lembro dos motivos técnicos ou atos isolados que culminaram no fatal fracasso. Tudo o que me vem à mente é… “Lições, nada além de lições”.

Porque fracassamos? Para aprender coisas que não conseguiríamos se tivéssemos obtido êxito. E é isso que faz da vida um mestre poderoso e severamente metódico, pois ela não permite que você “pule” etapas. Você não passará deste ponto sem aprender isso meu jovem! (Foi o que ela me disse hoje). Levantei o escudo em guarda e impus minha vontade de continuar, pois isso seria o que meus ancestrais fariam… E eu carrego a força deles comigo.

Você está com ausência se propósito, tratando o desafio com superioridade e desdém… Respeite-o ou ele despedaçará você… (disse a vida mais uma vez).

Não! Foi minha resposta, eu já o venci antes… Posso vencê-lo novamente!

Foi nesse momento, que eu ouvi a voz do meu anjo da guarda. Este que sempre teve uma voz firme de guerreiro com um timbre que inspira a coragem, e disse:

“Estou aqui com você, assim como sempre estive… E você tem que aprender que não é onipotente , que existem forças muito poderosas em ação neste mundo e seja lá qual for a denominação que você queira dar, ela é sua aliada e está com você em todos os momentos… Então, a “sua” vitória não é individual! É “sua com ela” ou “por causa dela”.

E concluiu, hoje você perde e aprende que a sua força não te pertence! Ela vem do alto…

Hoje, você prestará homenagens as pessoas comuns que vão além de onde você cavaleiro conseguiu ir…

Ao captar a mensagem do meu anjo da guarda, notei que a pressão estava aumentando muito rápido, mais do que o aceitável, mas eu ainda estava firme… Minhas mãos seguravam a corda de uma forma tão firme que pareciam coladas. Foi quando a pressão que crescia fez com que eu sentisse meu peito “ceder” para dentro… A vista turvou… E eu me resignei a lição!

Relaxei a mão e soltei a corda devagar, mas mesmo assim eu não consegui sair. Minha passagem estava bloqueada, além de desistir… Ainda teria que verbalizar? Pedir?

Licença! Eu preciso sair… Não dou conta de continuar!

E alguém que eu não consegui ver, me puxou para fora da multidão!

Hoje, 11/10/2014 Transladação da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré.

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O “EU” desaparecido.

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É triste estar tão enferrujado a ponto de perder a hora certa de tirar a espada da bainha para defender a quem lhe é precioso… O quão degradado está o cavaleiro que reside no coração? Porque ele não tem forças para mover músculos e ossos quando é preciso?

Em que ponto da minha vida eu deixei de ser eu? Passa a ser complicado quando para ser mais “sociável” você tem que abdicar das vontades do seu coração.

Me sinto um tal verme, incapaz de fazer valer a minha vontade, ou de pelo menos lutar por ela…

Escavarei o meu peito a ferro, em busca de algo que eu ainda acredito estar vivo… Ou jamais me permitirei a outorga dos títulos de outrora.

Cavaleiro.

Exílio do Mago

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Hoje aconteceu novamente…

Há alguns anos, um mestre me impôs uma das mais árduas ordálias da tradição, o exílio.

O que por mim foi visto como uma punição por muito tempo, hoje com tudo que vivi e aprendi é nada mais do que uma jornada de auto conhecimento, um momento em que se deve olhar não para a frente ou para os lados, mas para dentro. Dentro de si mesmo.

Foi então que descobri que não existe exílio pra o mago, por mais que alguns acreditem impor tal drama, ele não existe. O mago transcende o sentido da solidão, e consegue ver além.

Por isso deixo aqui a dica do caminho:

Se o mago pertence a uma comunidade,e essa em um dado momento o rechaça. Se ele estiver ciente de seu caminho evolutivo, saberá que aquela nada mais é do que uma etapa superada, ou um degrau do qual saiu.

E o mais curioso é que isso ocorreu exatamente no momento em que aquele que eu considero como meu mestre, me fez lembrar que o verdadeiro conhecimento do “mago” está dentro de cada um, e cabe apenas ao próprio indivíduo buscar essa voz interna.

Eis o axioma:

“Existe um mago dentro de cada um de nós. Esse mago
tudo vê e tudo sabe. 

O mago está além dos opostos da luz e das trevas, do bem e do mal, do prazer e da dor.

Tudo que o mago vê tem suas raízes no mundo
invisível. 

A natureza reflete o estado de alma do mago.

O corpo e a mente podem adormecer, mas o mago
está sempre desperto.

O mago possui o segredo da imortalidade

Cruz_templaria

 

Não abrir o baú

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Este fragmento de texto retirado do site de um dos grandes mestres da tradição, mostra de forma simples que muitas vezes devemos apenas sentar a beira do rio e deixar que as águas passem.

Nem sempre os lagos, rios ou oceanos que apresentam-se a nossa frente são para deleite e descanso, em muitos casos devemos buscar a inspiração necessária para descobrir sua real natureza e decidir se devemos apenas observa-lo e mudar de caminho.

“Nuri Bey era um homem rico e sábio, que se casou com uma mulher mais jovem e mais bela. Certa tarde, um de seus servidores lhe disse: “sua mulher guarda no quarto um baú que pode esconder um homem. Ela não me deixa limpá-lo ou abri-lo.

Nuri Bey foi ao quarto da mulher. “O que tem dentro do baú?”, perguntou. “Roupas”, respondeu a mulher. “Então me dê a chave”, insistiu Nuri Bey. Com lágrimas nos olhos, a mulher obedeceu.

Nuri Bey ficou um longo tempo com a chave na mão, mas não fez nada. Ao cair da noite, chamou jardineiros e mandou que atiras­sem o baú no fundo do lago; jamais soube o que havia ali dentro.

Diz o Dervixe Kalandar que contou esta história: existem certas coisas que, se tentarmos resolver pela razão, estamos perdidos. É melhor simplesmente afastá-las de nossas vidas.”

É notório a grandeza e força de pessoas que conseguem tal feito.

Nos faz pensar em quantos momentos da nossa vida, nos deparamos com situações e problemas que não merecem a energia gasta na busca de uma resolução ou verdade absoluta.

Cruz_templaria

A Tradição dos Reges Criniti

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Há alguns anos, eu era muito rígido comigo mesmo. Mas isso era devido ao fato de eu não conhecer o caminho, não tinha experiência alguma, e em muitas vezes ignorante.

Tendo esse cenário de plano de fundo, eu passei pela primeira vez de forma consciente por uma “noite escura da alma”, e saindo da mesma derrotado… Cortei meus longos cabelos, por tristeza e negando um dos mais importantes votos da tradição dos Cavaleiros Templários, a Tradição Merovíngia.

“Os merovíngios foram uma dinastia que governou os francos numa região correspondente à antiga Gália da metade do século V à metade do século VIII. No último século de domínio merovíngio, a dinastia foi progressivamente empurrada para uma função meramente cerimonial. O domínio merovíngio foi encerrado por um golpe de Estado em 751 quando “Pepino o Breve” formalmente depôs Childerico III, dando início à dinastia Carolíngia.

Eles eram citados às vezes por seus contemporâneos como os “reis de cabelos longos” (em latim reges criniti), por não cortarem simbolicamente os cabelos (tradicionalmente, os líderes tribais dos francos exibiam seus longos cabelos como distinção dos cabelos curtos dos romanos e do clero). O termo “merovíngio” deriva do latim medieval Merovingi ou Merohingi (“filhos de Meroveu”). 

Vários merovíngios que serviram como bispos e abades, ou que generosamente fundaram abadias, foram recompensados com a santidade. A grande quantidade de santos francos que não pertenciam nem à realeza merovíngia nem às famílias aliadas que forneciam condes e duques, merece uma verificação mais apurada para este fato isoladamente: assim como Gregório de Tours, eles pertenciam, quase sem exceção, à aristocracia galo-romana das regiões meridionais e ocidentais sob controle merovíngio. A principal forma característica da literatura merovíngia é representada pelas biografias dos santos. A hagiografia merovíngia não prepara uma biografia no sentido romano nem no moderno, mas a prepara para atrair e manter a devoção popular através das fórmulas de elaborados exercícios de literatura, através dos quais a igreja franca direcionava a piedade popular dentro dos canais ortodoxos, definindo a natureza da santidade e mantendo algum controle sobre os cultos póstumos que se desenvolviam espontaneamente nos locais de sepultamento, onde a força de vida do santo prolongava-se, pelo bem do devotos.

Os vitae et miracula, porque os milagres impressionantes eram um elemento essencial da hagiografia merovíngia, eram lidos em voz alta nos dias comemorativos dos santos. Muitos santos merovíngios, e a maioria das santas, eram locais, venerados apenas dentro de regiões estritamente circunscritas; seus cultos foram revividos na Alta Idade Média, quando a população de mulheres nas ordens religiosas cresceu enormemente.

Os merovíngios são retratados no livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, no qual se reivindica que eles sejam descendentes de Jesus.”

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Sem ter mais muito a dizer, deixo meu agradecimento a mulher que está do meu lado ao longo do caminho, que dotada de uma sensibilidade apuradíssima, chegando ao nível da vidência, consegue captar as tradições que mesmo sem conhecer “nesta vida”, consegue ver e fazer do seu modo com que eu volte a cumprir meus votos. Muito obrigado “lua da minha vida” por mesmo sem saber o porquê, pedir tão incessantemente para que eu volte a deixar os cabelos crescerem.

Cruz templaria

Fagulhas do caminho: “Cabeça de rato, pescoço de boi”

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Deixando de lado por hora explicações sobre a história de vida desse exímio estrategista, recordo muito bem de um dos seus ensinamentos, relatado no trecho denominado “O Livro do Fogo”.

“Cabeça de rato, pescoço de boi” nos trás o alerta de que toda a demasiada atenção que damos ao detalhe é prejudicial, normalmente condenamos o bom por causa de um grão de maldade encontrado, e quase sempre nos esquecemos da lição que o símbolo Yin Yang onde diz que o “perfeito” não é ser totalmente branco ou negro… Mas sim ser equilibrado.

Segue o que diz o Go Rin No Sho (Livro dos cinco anéis):

Cabeça de Rato, Pescoço de Boi

 “Cabeça de Rato, Pescoço de Boi” significa que, quando estamos enfrentando um inimigo e ambos estamos preocupados com pequenos detalhes, com o espírito emaranhado, não temos alternativa senão pensar no Caminho da Estratégia como sendo tanto a cabeça do rato quanto o pescoço do boi. Sempre que ficamos presos a pequenos detalhes, temos que passar subitamente a um espírito mais amplo.  Esta é uma das essências da estratégia. É preciso que o guerreiro pense dentro desse espírito também em sua vida cotidiana. Não se afaste dele nem na batalha nem no combate individual.

Lembrando, o detalhe deve ser percebido… Mas nunca devemos dedicar a ele 100% da nossa atenção.

Cruz_templaria